Polícia Federal – A Lei é Para Todos | Crítica
Por mais que o filme tenha um discurso apartidário é muito difícil não verificar as figuras políticas e partidos apontados e até fazer conclusões políticas, afinal de contas todos nós votamos e discutimos política seja com nossos amigos ou até mesmo na família que é palco para muitos quebra paus. Mas vamos lá analisar o filme e seu conceito.
O início é primordial para que fique claro a proposta do filme: nosso problema de corrupção desde o Descobrimento do Brasil.
A narrativa é focada em fatos reais, e por mais que não seja possível saber exatamente como as pessoas se expressaram ou como reagiram de fato e isso pode incomodar alguns, a produção se preocupa em passar a solidez da equipe da Polícia Federal e seus ideias sobre procurar justiça a qualquer preço sem julgamentos políticos. Como uma simples ação em um e-mail, mudou os rumos da investigação e como pessoas engajadas e realmente focadas em um objetivo conseguiram investigar algo que nunca deu certo.
Esse talvez seja o maior mérito do filme: a simplicidade. Com diálogos simples e uma narrativa fácil de entender é possível ter uma introdução a um dos temas mais complexos da história de nosso país. No final do filme existem cenas reais que contribuem para o repertório. Essa introdução desperta uma curiosidade e você sai instigado do cinema para entender mais a fundo o que aconteceu.
O filme mostra as 16 primeiras fases da Lava Jato, sua origem e ainda não terminou. Caso queira saber mais veja esse infográfico que tem todas as fases, são 45 até o momento. Outro belo infográfico pode ser visto aqui.
Com isso acredito que o filme cumpriu o conceito que pretendia em despertar a curiosidade sobre o que aconteceu, devido a essa pequena equipe empenhada em transformar nosso país e cultura com esse problema tão enraizado e intrínseco que pode até causar estranheza com tal pureza.
O filme só está começando e promete ter continuação, o que é ótimo, para que o tema seja realmente acolhido pela sociedade presente e cultuado por essa nova geração.
Por Mauris Poggio
